O DNA antigo está sendo utilizado para explicar a maior incidência de esclerose múltipla (EM) em europeus do norte, em comparação com outros antepassados. A pesquisa revela que esse risco está relacionado ao legado genético de pastores de gado montados a cavalo da Idade do Bronze, conhecidos como Yamnaya, que invadiram a região há cerca de 5.000 anos.
Os Yamnaya, originários das estepes da Ucrânia e Rússia, trouxeram variantes genéticas associadas ao aumento do risco de EM ao se estabelecerem no noroeste da Europa. Essas variantes se difundiram amplamente, provavelmente protegendo os pastores nômades contra infecções transmitidas por seus animais.
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A pesquisa, liderada por Eske Willerslev da Universidade de Cambridge e da Universidade de Copenhague. Eles utilizam um banco genético inovador com amostras de humanos primitivos na Europa e Ásia Ocidental. Ao mapear mudanças populacionais, os cientistas observaram que os Yamnaya substituíram rapidamente os antigos agricultores na Dinamarca, tornando-se os ancestrais mais próximos dos dinamarqueses modernos, onde as taxas de EM são particularmente elevadas.
A pesquisa sugere que as variantes genéticas que fortaleceram a imunidade antiga podem desempenhar um papel nas doenças autoimunes, como a EM. Isso se deve às diferenças na exposição dos humanos modernos a germes animais. Embora as descobertas ofereçam uma explicação para a divisão norte-sul da EM na Europa, é necessária mais pesquisa para confirmar essa ligação.
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Fonte: CBS NEWS